Ao "quase poeta", Rafael Rosa.
Cadente estrela, quase palavra,
de uma tangência nem sempre reta,
segue distante, quase um abraço
aquele que se diz um "quase poeta".
Não vos surpreendeis nem vos entristeceis, se por acaso vós encontrardes o mal escondido em algum canto obscuro de vosso coração.
Ao contrário, apressai-vos em identificá-lo, então combatei-o, sufocai-o, matai-o por inanição e, ao final, orgulhai-vos por tê-lo derrotado!
Sim, o mal e o bem coabitam em vosso íntimo e somente sobrevive e revigora-se aquele que for regularmente alimentado.
Antes de proferir a oração das palavras, que vossos dias sejam coroados pela oração dos bons atos.
Que a mecânica do dizer tenha menos intensidade do que o anseio de fazer o bem que há de brotar de vossos corações.
Praticai, pois, o evangelho de fazer o bem e muitas vezes as palavras cumprirão apenas uma mera redundância.
A dor de um, que é comum a vários, é como se fosse um elo. O entrelaçamento e soma de todos esses elos, torna forte a corrente de ligação entre os corações afetados.
Já aquele que sofre solitariamente, experimenta o desconforto da vulnerabilidade e o amargor do desaconchego.
Que tenhais a sensibilidade e compaixão de orardes pelos infortúnios dos solitários e desconhecidos, para que, no plano superior, vossas orações possam encontrarem-se em uma corrente de amparo e aconchego a diversos corações que experimentam o açoite do vento gelado das aflições solitárias.
No campo de vossa memória, pasta o rebanho de todas as faltas que foram cometidas contra vós.
Embora deva ser firme como o ferro, que vosso perdão não seja incandescente nem tenha o calor da brasa e que não seja usado para marcar o pelo de vossas contrariedades.
Porque a marca é a marca e, ainda que cicatrize, rompe com dor a retina do esquecimento.
Que seja vosso perdão sereno como a brisa, mas denso o suficiente para cobrir-lhe a visão sobre todas as coisas que vos afligem.
"Ser derrotado não é perder, é desistir".
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